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Esposende Smart City tornará o território mais atrativo para os cidadãos

23 Nov
dst
 
Autarcas e técnicos do Município de Esposende visitaram o grupo dst, em Palmeira, Braga, empresa adjudicatária do projeto Esposende Smart City, em implementação desde setembro último. "Com esta visita pretendeu-se dar a conhecer conceitos e estratégias do projeto, possibilitando o debate, do qual devem surgir novas ideias, até porque se pretende que este seja um processo dinâmico, com margem de crescimento infinita", sustentou Benjamim Pereira, presidente da Câmara Municipal de Esposende.
Benjamim Pereira destacou a "atenção requerida pelas dinâmicas globais", apontando a arte pública "como atrativo diferenciador do território, projeto feito com lógica e racionalidade porque há outros compromissos assumidos com a população". O autarca deixou, ainda a garantia de continuidade de aposta na cultura local, nomeadamente através do reforço dos programas e projetos existentes.
Por seu turno, a vice-presidente do Município de Esposende, Alexandra Roeger, vincou que o projeto Esposende Smart City "permite associar os dados do sistema de sensorização que está em implementação, e criar pontes com a informação já disponível sobre o território”, elencando, também, quais as necessidades para ser possível alcançar uma cidade/um concelho sustentável.
"Este projeto permitirá disponibilizar, a todos, um conjunto de informação útil, o que permitirá a cada cidadão uma melhor relação com o seu meio e potenciar a sua qualidade de vida, permitindo contribuir para resolver problemas de forma muito mais expedita", disse Alexandra Roeger.
Os participantes no evento tiveram a oportunidade de assistir a uma apresentação, pelo presidente do grupo dst, José Teixeira, sobre todas as áreas de negócio, nomeadamente engenharia e construção, ambiente, energias renováveis, telecomunicações, real estate e ventures. José Teixeira destacou a forte aposta que a empresa faz na investigação, "através do complemento formativo dos colaboradores que atenta ao conhecimento vertical que permite dominar a área específica, mas também todo o conhecimento horizontal, desenvolvendo estudo em diversas áreas, das Humanidades à Ciência".
Raúl Junqueiro, responsável pelo processo tecnológico no dst group explicou aspetos práticos do projeto, "nomeadamente na poupança. A monitorização permitirá, por exemplo, em termos de sustentabilidade, aumentar ou diminuir a intensidade da luz pública, em função da luz natural; ou, na vertente dedicada às pessoas, a gestão integrada da escola, portais autárquico e associativo; ao nível do território, contribuindo para habitação sustentável, empreendedorismo, agricultura ou inteligência urbana; e na cultura, com arte pública e definição de políticas culturais alargadas a toda a população".
Atendendo a que 50% da população mundial vive em grandes centros urbanos, estes devem ser cada vez mais conectados e monitorizados, assentes na economia circular e na economia de partilha. "Quando se pensa em smart city, atenta-se a quatro camadas: rede de infraestruturas, plataformas, serviços e aplicações e pessoas e cultura", concluiu Raúl Junqueiro.
Na área cultural, a associação à zetgallery desenvolverá, em Esposende, "soluções que promovem e divulgam a arte e os artistas, apoiando as dinâmicas culturais locais", como explicou Helena Pereira.
 
Três eixos
Esposende Smart City assenta em três eixos estratégicos, visando o primeiro a implementação de uma rede de infraestruturas de comunicações capazes de agregar todas as informações dos sensores instalados no território, a aplicação de uma plataforma da "internet das coisas", capaz de dar inteligência ao volume de dados obtidos por via da sensorização e dos sistemas de informação já existentes. Esta fase dos trabalhos encontra-se atualmente em execução e concluir-se-á num curto espaço de tempo.
O segundo eixo/objetivo envolve a criação de um roadmap para a Smart City Esposende, com o lançamento do primeiro sistema de informação para o território, podendo obter-se informações úteis, em vários níveis de acesso, ou seja, aberto ao cidadão mas tendo também em vista a possibilidade de aquisição de dados online e indicadores que permitam a melhor e mais célere tomada de decisão.
Por fim, o projeto inclui também o envolvimento dos cidadãos por via do dinamismo das artes, com a realização de ações de caráter pedagógico que permitam à comunidade (escolar e/ou outra) apreender através de um conjunto de ações práticas e multidisciplinares (artes, ciências, tecnologias) os conceitos agregadores do projeto, sensibilizando-os para as grandes temáticas da sustentabilidade, da economia circular, do património e da cultura.
Esta postura enquadra-se nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas.