Esposende presente no XII Congresso da Geografia Portuguesa

A exposição a “Arte do Junco de Forjães” está patente, até amanhã, 15 de novembro, no Campus de Azurém da Universidade do Minho (Guimarães), incluída no XII Congresso da Geografia Portuguesa, subordinado ao tema “Geografias de Transição para a Sustentabilidade”.
No hall do Auditório Nobre da Universidade do Minho, foi montada uma exposição temporária, onde se podem encontrar artefactos (dobadoura, pente, junco, etc.) ligados ao processo de criação de artigos de junco, bem como peças finais desta arte manual, nomeadamente cestas em variados tamanhos e jogos de cor distintos.
O Município de Esposende, como membro da Rede Nacional de Turismo Criativo (CREATOUR), através do projeto EScriativo, evidencia numa das suas temáticas a promoção e atividades artesanais associadas ao junco. Assente no caráter único da arte de trabalhar esta fibra vegetal, estruturam-se ações baseadas na oportunidade de oferecer ao visitante experiências exclusivas, capazes de estimular o seu potencial criativo e que estejam profundamente enraizadas na vida da comunidade anfitriã.
A arte do junco em Forjães, Esposende, é o testemunho de uma confeção artesanal que chegou até nós por legado direto de gerações, de pais para filhos. Trabalhar o junco era uma atividade familiar, exercida por homens e mulheres, em regime de complemento às suas ocupações profissionais. Produziam-se essencialmente cestas e esteiras. Entre outras funções, as cestas, que correspondiam à maior parte da produção, eram largamente utilizadas para carregamento de frutas e produtos hortícolas para as feiras, no transporte do almoço para operários e jornaleiros, ou ainda de toalhas e outros utensílios para a praia. Na atualidade, para além destas cestas, produzem-se pochetes, marcadores individuais de mesa, fruteiras, bem como outras utilidades. O processo da arte do junco é totalmente manual e ecológico.
Este encontro de Geografia é o mais importante congresso realizado em Portugal neste domínio, sendo uma organização conjunta do Departamento de Geografia da Universidade do Minho com a Associação Portuguesa de Geógrafos (APG).