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Esposende avança com implementação de cortinas pára-fogo na floresta

04 Nov

Na sequência dos incêndios florestais registados no verão passado no concelho, o Município de Esposende, numa iniciativa inovadora, decidiu avançar com medidas ativas para aumentar a resistência e resiliência do território aos fogos, especialmente nas áreas de interface urbano–florestal.

Na sequência dos incêndios florestais registados no verão passado no concelho, o Município de Esposende, numa iniciativa inovadora, decidiu avançar com medidas ativas para aumentar a resistência e resiliência do território aos fogos, especialmente nas áreas de interface urbano–florestal. Assim, vai implementar cortinas pára–fogo, começando pelas áreas afetadas pelos incêndios florestais, disponibilizando 8 mil árvores para iniciar o projeto.

As cortinas pára–fogo são faixas arborizadas com espécies muito pouco inflamáveis, sendo, portanto, mais resistentes ao fogo, que funcionam para aumentar a humidade do local, criar uma barreira para atrasar o avanço do fogo, reduzir localmente a velocidade do vento, intercetar faúlhas e outros materiais incandescentes.

As principais vantagens da sua implementação são, desde logo, a diminuição do índice de perigosidade de incêndio florestal e a criação de um microclima com aumento da humidade. A substituição de espécies de elevada combustibilidade e inflamabilidade por plantas autóctones, para além de proporcionar a melhoria do cenário florestal e paisagístico, resultará também no aumento da biodiversidade da floresta concelhia.

Como a implementação das cortinas pára–fogo terá de ser efetuada em terrenos particulares, a intervenção carece da autorização dos proprietários, no entanto não implica qualquer custo para os mesmos. As árvores a plantar serão cedidas gratuitamente pela Câmara Municipal e a sua colocação irá mobilizar a comunidade através da participação de agrupamentos de escuteiros, escolas, Juntas de Freguesia, elementos da bolsa de voluntariado e outras entidades. A manutenção em termos de limpeza, até 2019, será efetuada pela equipa de sapadores florestais.

O Presidente da Câmara Municipal, Benjamim Pereira, realça a importância desta medida, considerando–a da maior relevância num contexto de ordenamento e valorização da floresta. "É fundamental que os proprietários cooperem no sentido de permitir a implementação destas cortinas pára–fogo, pois em causa está a defesa da nossa floresta e a segurança das nossas populações e dos seus bens", refere.