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Apoios Culturais

É política do Município de Esposende manter uma forte colaboração com as instituições/grupos com valências a nível cultural e recreativo, promovendo o reconhecimento do trabalho realizado no sentido de promoção da Cultura, através de apoios.
Neste sentido, tem sido política do Município de Esposende o apoio a diversos projetos, quer através da celebração de protocolos (Bandas, Ranchos, Zés P’reiras), quer através de parcerias, quer ainda através do apoio direto a atividades e eventos no Concelho.

Banda de Música de Antas 

Banda de Música de Antas

A primeira informação escrita sobre a existência de uma Banda de Música em Antas, é de 1871, o que pressupõe que terá nascido algum tempo antes. Era maioritariamente composta por músicos das freguesias de Antas e Belinho. Foi seu fundador o “mestre-músico” José Manuel Martins Franco (1832 – 1886) que, por volta do ano de 1883, a legou a seu sobrinho António Augusto Pereira de Barros (1850 – 1924). Este manteve a regência até 1894-95, altura em que uma divergência entre músicos deu origem à formação da Banda de Belinho. Novo diferendo viria a dar origem, em novembro de 1920, à formação da Banda Marcial de S. Paio de Antas. Foi seu fundador Manuel Rodrigues Laranjeira (1894 – 1978), ao tempo contramestre da referida Banda.
Nesses tempos difíceis, situados entre as duas grandes guerras, em que as dificuldades económicas se sobrepunham e se impunham aos sonhos dos grandes artistas, “Mestre Laranjeira”, como passou a ser conhecido, não regateava doação e afinco à causa da Banda nascente. Com o objetivo de lhe dar projeção, e após acordo com a direção da corporação e comando dos bombeiros do concelho, em 1925 a filarmónica adotou o nome de Banda dos Bombeiros Voluntários de Esposende.
Mestre Laranjeira era a vida da Banda e a Banda era a sua vida. Foram inumeráveis e inesquecíveis os êxitos musicais que obteve durante mais de 55 anos de regência. Faleceu em 19 de Janeiro de 1978 e com ele morreu também a sua Banda.
Passados 5 anos de inatividade, Anselmo Saleiro Viana, presidente da Assembleia de Freguesia de Antas, propõe-se apoiar a sua reestruturação e relançamento. Um grupo de 18 antigos músicos volta a tocar, a 2 de outubro de 1983, na inauguração do campo desportivo António Correia de Oliveira. Nesse momento, Junta e Assembleia de Freguesia decidem reerguer a Banda, contando com a forte ajuda dos naturais e empresas de Antas, a que se juntaram outras de freguesias vizinhas. Mais uma vez a corporação dos bombeiros deu o seu apoio. Em 26 de Janeiro de 1984, por escritura notarial, ficou registada a Associação Banda dos Bombeiros Voluntários de Esposende – S. Paio de Antas.
Foi seu primeiro regente o prestimoso maestro Leonardo Vieira. A partir de 1989 e até 2012 passou a ser artisticamente dirigida pelo maestro Valdemar Sequeira, notável compositor destacado entre os seus pares.
Atualmente o diretor artístico e maestro da Banda é o jovem promissor Diogo Costa, que com o seu profissionalismo, competência e dedicação dos músicos, continuará a levar a Banda à ribalta da sua longa história.
Hoje tem uma sede de real gabarito, construída com a ajuda da Câmara Municipal de Esposende, onde funciona uma escola de música de excelência, repleta de alunos interessados e dinamizada por uma excelente equipa de professores. Desta escola nasceu a Orquestra de Sopros ABBVE, que participa em diversos eventos culturais e é a promissora garantia de que à Banda de Antas não vai faltar a frescura e a revitalização contínua de novos músicos.

Jorge Manuel da Cruz Torres Neiva, atual presidente da Direção, vem na sequência de um elenco de dinamizadores, iniciado com Manuel Alves Meira da Cruz e prosseguido por Manuel Augusto Saleiro da Cruz, Alberto Meira de Barros, Alcino Viana Neiva, António Viana da Cruz, Manuel José Sampaio Viana e José Mário Saleiro de Meira Torres. Cada um, a seu tempo, foi guiando esta associação musical que, por mérito próprio e pela qualidade atingida na arte dos sons, chegou aos píncaros da fama entre as congéneres em Portugal.
Em 19 de agosto de 2014, foi condecorada com a Medalha de Mérito Cultural, pelo Município de Esposende.
A Banda dos Bombeiros Voluntários de Esposende, Antas, conta já com cinco gravações de C.D. e dois DVDs. Em 2011 editou o livro monográfico “Banda de Música de Antas – 140 anos de História” da autoria de Raul de Azevedo Saleiro, que é uma referência para as Bandas que existem ou existiram na região. Com cerca de 25 a 30 concertos anuais, lado a lado com as melhores bandas do país, conta no seu currículo com várias atuações além-fronteiras, nomeadamente em terras de França e Espanha.

Contactos

Presidente da Direção: Jorge Neiva
Email: banda.antas@gmail.com
Site: www.bandamusicadeantas.com
Telemóvel: 969 043 867*
Telefone: 253 877 161**
Morada: Rua de Alvre, 16 4740-013 Antas EPS

*chamada para rede móvel nacional
**custo de chamada para a rede fixa nacional

 

Banda de Música de Belinho

Banda de Música de Belinho

A referência mais antiga que se conhece relativa à Banda Marcial de Belinho encontra-se no jornal "O Povo Esposendense", em Junho de 1895. Neste ano participou nas Festas de Santo António, em Esposende, onde, na véspera, de tarde, percorreu as ruas da vila.
Depois há notícia de que em Março de 1896, em Esposende, na quadra Pascal, numa quarta-feira Santa, acompanhava a procissão do Senhor aos Entrevados e aos presos da cadeia. Com efeito, a história desta Banda está de certa forma interligada com a história das Cerimónias da Semana Santa de Esposende, visto que as famosas Marchas Fúnebres, que ainda ouvimos nos nossos dias, praticamente só eram tocadas nessa cidade nessas cerimónias Pascais.
Muita da história desta Banda ainda está por fazer. Contudo, os músicos mais idosos de Belinho ainda contam histórias alegres dos tempos em que calcorreavam a pé os caminhos e atalhos para as romarias tratadas nos concelhos limítrofes de Viana do Castelo e Ponte de Lima. Note-se que a maioria desses músicos levava uma vida árdua pois a Banda era composta na sua maioria por pedreiros e alguns agricultores.
Esta Banda também teve altos e baixos. Numa altura de crise, por volta de 1922, houve uma dissidência que deu origem à Banda de Antas, na freguesia vizinha.
De 1952 a 1969 esteve associada aos Bombeiros de Fão, chegando a ter o nome de Banda dos Bombeiros Voluntários de Fão.
Por volta de 1986 desagregou-se. Reinicou a sua actividade em Agosto de 2000. A partir daí retomou a sua participação nas festividades e romarias por várias localidades do norte do país, inicialmente regida pelo Maestro Fernando Marques e a partir de 2006 pelo Maestro Joaquim Fernandes.
Em termos organizativos depende da associação CEFORM - Centro de Formação Musical de Belinho - institucionalizada em 2003. É na escola de formação musical desta associação que se formam a maioria dos músicos desta Banda.
Já actuou em directo num programa televisivo da RTP (Portugal no coração), emitido dos estúdios do Porto e já se deslocou a Corbeil-Essones, França, no âmbito da geminação de Belinho com esta localidade francesa.
Desde 2007 tem vindo a organizar o Festival de Bandas de Música, único no concelho de Esposende. Também em Dezembro desse ano, a Direcção dos Bombeiros Voluntários de Fão e a Direcção do Centro de Formação Musical acertaram os termos de um protocolo de colaboração e intercâmbio.
No período de Outubro de 2010 a Outubro de 2014, foi sua Diretora Artística a Maestrina Ana Carolina Capitão, tendo a Banda de Música de Belinho realizado vários Concertos na Cidade de Esposende, em parceria com o Serviço de Cultura da Câmara Municipal de Esposende

Desde Novembro de 2014 é seu Director Artístico e Regente o Maestro Bruno Santos.
No ano de 2015, promoveu, com a colaboração da Câmara Municipal de Esposende, os Concertos de Ano Novo e de Natal.
Participou no I Encontro de Bandas Filarmónicas, organizado pela Associação Cultural Banda de Música de Riba de Ave e foi convidada para participar no 3º Festival Internacional de Bandas de Música, organizada pela Câmara Municipal de Gondomar e Banda Sinfónica Portuguesa.
Em 18 Junho de 2015 levou a efeito o Concerto de Verão, no Auditório Municipal de Esposende, em colaboração com os Serviços de Cultura da Câmara Municipal de Esposende.
Em 30 de Julho de 2016, participou no 7º Encontro de Bandas Filarmónicas, promovido pela Casa da Música, tendo atuado na Sala Suggia.
No ano de 2016 efetuou várias atuações não só no Concelho de Esposende, mas também nos Concelhos limítrofes, designadamente, Barcelos, Viana do Castelo, Ponte da Barca e Vila Praia de Ancora.
Em Novembro/2016 participou no 3º Concurso Internacional de Bandas “ Filarmonia D’Ouro, em Santa Maria da Feira, tendo atuado no Europarque, classificando-se em segundo lugar na Segunda Secção.
Em 26 e 27 de Novembro/2016, participou no III Concurso de Bandas Filarmónicas de Braga, realizado no Auditório do Parque de Exposições de Braga, tendo obtido o Prémio de “ Banda do Distrito de Braga melhor classificada” e o Sexto Lugar entre as Quinze Bandas concorrentes, tendo como prémio um contrato para a participação nas Festas de S. João de Braga/2017.

Contactos

Presidente da Direção: Manuel Fernando Lima
E-mail: limamanuelfernando@gmail.com
Telemóvel: 914 043 902 

 

Ranchos

Grupo de Cantares e Dançares de S. Paio de Antas


S. Paio de Antas é, desde há longos anos, uma terra onde a música é parte integrante do dia-a-dia das suas gentes, mas havia uma falta. Faltava quem divulgasse, para além do canto, a dança. A dança e os trajes. Os usos dos nossos antepassados. Faltava, enfim, um Rancho Folclórico.
Então, um grupo de pessoas resolveu prover a essa falta e nos finais de 2008, com início em bailaricos no Café Faria, a semente foi lançada.
Em outubro de 2008 reuniu-se, pela primeira vez, na Casa da Música de Antas aquele grupo de pessoas, com um projeto para concretizar – falar a quem sabíamos que gostava de dançar; estudar os nossos trajes de outrora; procurar fotografias dos nossos avós e questionar os mais velhos acerca dos usos e costumes, como se cantava e dançava antigamente. E assim se passou do projeto à obra.
A primeira atuação aconteceu no dia 28 de julho de 2009, nas Festas de S. Paio e Sr.ª das Vitórias.
Em seis anos de trabalho conseguimos levar o nosso grupo pelo país inteiro, de norte a sul, inclusivamente à ilha da Madeira. O grupo trabalha mensalmente na Feira de Artesanato do concelho e nas festas populares. Organiza atividades como o “Folclore no Minante” para reviver e dar a conhecer o Ciclo do Linho.
Todos os trajes do grupo são cópias fiéis dos que eram usados pelos antepassados em Antas e nas freguesias vizinhas, nos finais do séc. XIX e princípios do XX. Não desistindo de continuar a sua recolha, possui atualmente: trajes domingueiros, trajes de festa, trajes de trabalho, trajes de senhores abastados, trajes de noivos e trajes de linho.
Na tocata o grupo possui os seguintes instrumentos: concertinas, cavaquinho, banjo, bombo, ferrinhos, pandeiro, castanholas e reco-reco. No que se refere à Cantata, são interpretadas canções regionais, compostas por solo e coro que eram cantadas a caminho das romarias, nos terreiros, nas desfolhadas, nas fiadas, nas matanças do porco e nos campos, durante os trabalhos agrícolas.
Do reportório de danças fazem parte as danças tradicionais do Minho, como é o caso do Vira, do Malhão ou da Chula.
Neste momento o grupo conta com cerca de 50 elementos que continuam, através dos seus cantares e dançares, a divulgar de terra em terra, os usos e costumes do povo e da sua região.

Grupo dos Sargaceiros da Casa do Povo de Apúlia

Fundado em agosto de 1934 por António Torres, o Grupo baseou-se, essencialmente, na indumentária caraterística e genuína do sargaceiro. Foi, então, organizado para representar o concelho de Esposende na Grande Exposição do Mundo Colonial português que teve lugar, nesse ano, no Palácio de Cristal, no Porto. O sargaceiro tornou-se, assim, o ex-libris desta região, quer pela originalidade e autenticidade do traje, que remonta ao período da romanização da Península, quer pela atividade agro-marítima que representa – a apanha do sargaço.
O Grupo dos sargaceiros da Casa do Povo de Apúlia é, desde então, reconhecidamente um representante ímpar do folclore do litoral do Baixo-Minho, requisitado nos maiores festivais quer no País, quer no Estrangeiro.
Está filiado no INATEL e é membro efetivo da Federação do Folclore Português.
O sargaceiro não é um homem do mar, mas antes o agricultor que trabalha o dia-a-dia no amanho das suas terras. Mas quando surge a “mareada”, volta costas à terra e, então, é vê-lo a correr praia fora, mar adentro, as pregas da “branqueta” ondeadas pela marcha, lembrando o perfil de um guerreiro romano. Enfia-se no mar, arrancando o sargaço às ondas encapeladas, numa tarefa árdua e perigosa, que exige grande destreza de manejo e muito sangue frio. E assim, o sargaço – um composto de várias espécies de algas marinhas – é utilizado, depois de seco, como fertilizante das terras de Apúlia.
Em tempos idos, enquanto esperavam pelo “assejo” – isto é, o momento em que o mar traz à costa o sargaço – a gente nova cantava e dançava na areia da praia, com a alegria bem caraterística das gentes da beira-mar.
Manuel de Boaventura, escritor e etnógrafo esposendense, escreve assim em 1955: “As danças dos nossos Sargaceiros são as danças do Mar, que eles executam no maior afã do trabalho, em inconscientes bailados, às vezes bem graciosos, ao saltitarem de onda para onda, de mareta-a-mareta (…). Dançam (…) – em passes coreográficos – ora suaves como a valsa, ora galopantes e guerreadores, em tremenhos de combate” e ainda “… os nossos garbosos Sargaceiros repudiam os ensaiadores sabichões, que deturpam a pureza folclórica, com a mania de modernizar aquilo que, uma vez modificado, perde as características tradicionais, e se abastarda”.
Também Pedro Homem de Mello, em um dos muitos artigos que escreveu sobre os “seus Sargaceiros” conclui: “Em Apúlia tudo é verdadeiro… até o traje”.
Durante a sua já longa existência, são numerosos os factos dignos de referência. Registam-se, no entanto, alguns que se consideram determinantes na vida dos Sargaceiros – Apuramento na 1ª Olimpíada Europeia de Folclore, em 1956; 1º Prémio da Taça “Abril em Portugal”, em 1968; Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Esposende, em 1993; “Troféu de Qualidade” do INATEL, em 2000 e 2007.
Registam-se, também, deslocações a Espanha, França, Bélgica, Suíça, Brasil, Madeira e Açores.

Rancho Folclórico de Fonte Boa

Teve na sua raiz, o querer da Associação de Pais e Encarregados de Educação e a colaboração preciosa dos professores do ensino básico da escola de Fonte Boa, no ano de 1995.
Na qualidade de rancho infantil, teve a sua primeira atuação no dia 2 de julho de 1995, tendo sido merecedor do apreço e apoio total da população.
A partir de então, a sua existência tornou-se pública e foi convidado a participar em diversos encontros e atuações folclóricas, um pouco por todo o pais.
Quando da fundação da instituição CAF (Centro de Apoio à Família), a 21 de fevereiro de 2002, o Rancho Folclórico passou a integrar esta instituição, na vertente recreativa e cultural.
No seu âmbito de apoio familiar e com ligações à Igreja Católica, foi pensada a fusão do social com a instituição eclesiástica. Daí que, no ano de 2003, a 25 de fevereiro, deu-se essa junção o nome de Centro Social e Paroquial de Fonte Boa, do qual faz parte integrante a partir dessa data.
No ano de 2004 foi gravado o primeiro CD – “As cantigas da nossa terra” – que recebeu as melhores críticas dos amantes deste género.
É com todo o orgulho que podemos dizer que o nosso rancho é já conhecido internacionalmente, pois tem no seu historial, exibições em Espanha e Suíça.
Atualmente o Rancho Folclórico de Fonte Boa possui duas secções – o grupo adulto e o infantil.
Na tocata utiliza os seguintes instrumentos musicais – concertina, cavaquinho, viola, bombo, ferrinhos, reque-reque e pandeiro.
Tem como trajes – traje dos noivos, traje domingueiro, traje de cerimónia, traje do campo, traje da viúva e seu filho, traje de sargaceiro, traje de ferreiro, traje do camponês e pastor e o traje de feira. Estes trajes são cópias dos usados nos séculos XVIII e XIX pelas gentes de Fonte Boa.
Os utensílios apresentados são uma réplica dos então usados nos campos, no cultivo do milho, centeio e linho, na preparação deste e na apanha do sargaço.
Sendo o Rancho Folclórico de Fonte Boa originário da zona etnográfica do Baixo Minho, tem no seu repertório as seguintes danças típicas: o Vira, a Cana Verde e a Vareira.

Grupo Associativo de Divulgação Tradicional de Forjães

Foi fundado no dia 5 de maio de 1995, por Manuel Dias Couto, com o intuito de fazer uma pesquisa dos usos e costumes da região e das vivências do seu povo nos finais do séc. XIX e inícios do XX.
Desde a sua fundação, o grupo tem participado em inúmeras festas e romarias, tendo passado também por excelentes festivais de folclore, quer a nível nacional como internacional, nomeadamente em Espanha, França e Suíça. Tem um CD e uma cassete gravados, um CD partilhado com os outros grupos do concelho e 2 DVD’s dos seus festivais de folclore de 2012 e 2014.
É composto por 63 elementos, entre os 2 e os 85 anos.
Etnograficamente, representa a região entre o Alto e o Baixo Minho, entre as margens dos rios Cávado e Neiva, baseando-se as suas recolhas nos habituais serões da aldeia, festas feiras e romarias da região, a forma como se cantava, dançava e trajava. O grupo tem feito, também, uma extensa recolha na área do canto polifónico, ou cantares à capela, pois eram os cânticos mais comuns de se ouvir no dia-a-dia, durante os trabalhos ou nos serões.
Organiza várias atividades anuais, com especial destaque para o Festival de Folclore que decorre na vila de Forjães de dois em dois anos.
É sócio efetivo da federação do Folclore Português, desde março de 2013.
É com este propósito e dedicação que este grupo tem mantido ao longo destes 20 anos a sua atividade, tentando sempre deixar, por onde passa, uma imagem digna das vivências do seu povo em tempos passados.

Rancho Folclórico de Danças e Cantares de Marinhas

Foi fundado a 3 de março de 2006. É uma associação de caráter social para a promoção cultural e de divulgação do folclore do Minho.
Desde a fundação já participou em inúmeras festas e festivais de Norte a sul do país e também no estrangeiro, mais concretamente em França, passando por Nantes, Vendée e Córsega.
É desta forma que têm divulgado o grupo, dando a conhecer o Património Cultural desta região com os usos e costumes, nomeadamente os trajes mais ricos, as danças e os cantares característicos da região do Minho.
Os trajes têm como particularidade o facto de serem desenhados e confecionados pelas senhoras deste grupo, o que mostra o espírito de dedicação e empenho que há pelo folclore.
Inicialmente constituído por 30 elementos, o grupo foi aumentando gradualmente, contando na atualidade com aproximadamente 50 elementos.

Rancho Folclórico “As Moleirinhas” de Marinhas

Fundado em 1 de janeiro de 1982, este grupo é uma valência de uma associação de solidariedade social e sem fins lucrativos, o Centro Social da Juventude Unida de Marinhas.
Inspirados nas “moleirinhas” – pessoas que outrora se dedicavam exclusivamente à moagem – nasceu o Rancho Folclórico “As Moleirinhas” de Marinhas. Os primeiros tempos deste rancho foram, em larga medida, marcados pela recolha de músicas, letras, e vestuários alusivos à forma de vida e de trabalho das “moleirinhas”.
Hoje, através da simplicidade e singular beleza das suas danças, o rancho recorda as tradições da moagem e o espírito desses momentos.
Com um percurso que teve a primeira atuação pública em 14 de novembro de 1982, as “Moleirinhas” de Marinhas rapidamente se deram a conhecer em Portugal e além fronteiras, sendo a primeira digressão internacional datada de 1990.
Em 1998, após a gravação de dois trabalhos, em cassete, o rancho vive um momento alto, aquando da gravação do seu primeiro CD, facto que adquire um particular significado por se traduzir no culminar de um sonho. Em 1999 surge um novo projeto que visa a preservação e divulgação desta tradição, nascendo assim o Rancho Infantil “As Moleirinhas” de Marinhas.
Atualmente o rancho possui cerca de 50 elementos e é cada vez mais um exemplo de que a história do nosso povo, passada de pais para filhos, nos faz sentir orgulho das nossas raízes.
O rancho tem sido, ao longo de 33 anos, um bastião dinamizador dos usos e costumes da localidade de Marinhas, sendo ao mesmo tempo um embaixador da nossa História, da nossa terra e das nossas gentes, levando aos mais remotos lugares o perfume dos nossos usos e a música das nossas tradições, cantando e dançando as memórias ainda vivas das nossas gentes, todas recordando a moagem e todo o espirito que paira em seu torno.
O rancho já conta, no seu historial, com vários trabalhos discográficos, tendo também participado em projeto fonográficos e videográficos da Câmara Municipal de Esposende.
Já percorreu todo o país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e Açores.
A nível internacional já atuou na Bélgica, França e Espanha.
Têm como usos e costumes cantar as Janeiras, participar nas Festas Religiosas, nos Festivais Folclóricos e realizar o ciclo do pão, desde a apanha do milho, passando pela moagem à confeção.
Ao nível da tocata, são utilizados os seguintes instrumentos musicais – concertinas, cavaquinho, viola, reco-reco, bombo, ferrinhos e pandeireta.
Este rancho possui trajes oriundos do Minho, tais como o traje de trabalho (conhecido como traje do campo), traje domingueiro (o mais rico), traje de moleiros (era pobre, mas cómodo), traje de cerimónia (feito com tecidos finos).
As suas danças tradicionais são o Malhão, o Vira, a Vareira e O Regadinho.

Grupo Folclórico de Palmeira de Faro

Situada a 2 Km da sede do concelho, a localidade de Palmeira de Faro encontra-se dispersa pelo sopé do Monte Faro, facto que confere uma tipologia muito própria, características muito sui generis e um microclima único na região.
Terra de gente trabalhadora e alegre, que essencialmente se dedicou à agricultura e, mais recentemente, à indústria, Palmeira de Faro foi sempre muito rica em costumes e tradições.
Foi com esse espírito de bairrismo e fortes tradições quem no ano de 1956, um grupo de palmeirenses se organizou para representar a sua terra num festival a realizar na, então, vila de Esposende, nascendo assim no dia 25 de janeiro do mesmo ano o Grupo Folclórico de Palmeira de Faro. Desde então tem representado a sua terra e as suas tradições nos mais variados palcos de Norte a sul do país e no estrangeiro, destacando-se várias atuações em França, Espanha e Suíça. Desde a sua fundação, este grupo, trabalha arduamente na incansável procura da perfeição e da capacidade de reproduzir fielmente e respeitar os usos e costumes das gentes da sua terra, trazendo-os até aos nossos dias.
As músicas, recolhidas na região, traduzem com mestria o espírito rural do Verde Minho. As letras e danças – todas originais – são inspiradas em temas variados como práticas agrícolas, a freguesia, a religião, os personagens da terra, etc e são o sinónimo cabal da alegria e vivacidade das gentes de Palmeira de Faro.
De entre os diversos trajes que apresenta, destacam-se os de trabalho, de feira, de menina rica e os noivos, aos quais se aliam os instrumentos musicais, as peças de artesanato e de trabalho que, remontado na sua origem a um passado mais ou menos distante, fazem os espectadores mais velhos reviver uma determinada época da sua vida e os mais novos experienciarem uma viagem pelas tradições e cultura dos seus antepassados.
Presentemente, este grupo conta com aproximadamente 5 dezenas de elementos, dos quais se destaca a maioria jovem que lhe confere um espírito de alegria e sagacidade que caracterizam as suas danças em palco.
No verdadeiro sentido da palavra, folclore é a ciência das tradições, usos e costumes populares expressos em músicas e danças. É nesse contexto e espírito que o Grupo Folclórico de Palmeira de Faro se enquadra, ao apresentar as suas danças e cantares e ao levar mais longe a voz da cultura e das tradições dos seus antepassados.
Passados mais de 60 anos da sua fundação, o grupo continua, com alma d’outrora, a energia de hoje e o dinamismo de sempre a exibir e a defender, com orgulho, os costumes das suas gentes.

Ronda de Vila Chã

Tradicionalmente, a Ronde de Vila Chã tem existência mais que centenária, embora em anos afastados, para lá de 1930, não estivesse organizada, em moldes regulares – o que sucedia a todos os quantos hoje dançam e cantam por Portugal além.
A Ronda existia por aí, como necessidade artística da gente do planalto vilachanês e, como instrumento de defesa, acompanhavam as vigias noturnas que policiavam a aldeia, no tempo das guerrilhas e das maltas de bandoleiros.
Espertava o sono às atalaias e os ladrões, que ouviam de longe os espertinhos cavaquinhos e o varejar das violas e bandurras, punham-se ao largo!
Rara era a casa de Vila Chã onde não houvesse um instrumento musical, pendurado em torno da varanda ou num gancho na cozinha: viola ou cavaquinho e espertelho, fole de harmónica, ferrinhos, bombo, etc.
Sempre a gente de Vila Chã foi considerada a mais expansiva das cercanias – herança, porventura, recebida dos íncolas castrejos que habitavam as três cividades da periferia. Nesta corda da beira-mar, desde Viana às terras maiatas, quem ignorava a existência da Ronda, que alegrava as romarias?
Pelas esfolhadas e espadeladas, “arrigas” do linho e malhadas das casas abastadas, gente aldeã, velhos e novos, solteiros e casados, davam expansão à sua alegria, tocando, cantando e dançando, em ruidosas festas campestres, em valor da abundância da colheita, do orago, do regresso de algum “brasileiro”…
Vinham depois, as romarias e as feiras de ano e, pelo inverno fora, os movimentados serões de fiadeiras, das dobadas, o assear dos linhos, o esguedelhar das lãs surras… Por toda a parte se encontrava, tocava e dançava num desbordamento de alegria e de boa disposição, que faziam a inveja das sorumbáticas aldeias vizinhas.
Ao longo da sua existência, mais que centenária, participou em diversas atividades, sendo de salientar: Exposição do Mundo Português (1934); 2º lugar no Festival de Trajes, em Barcelos (1957); ainda, neste ano de 1957, filia-se na FNAT; diversas atuações na RTP e noutras emissoras nacionais; participação nos mais importantes Festivais de Folclore em Portugal; no estrangeiro, participou no 8º Festival Internacional de folclore do Rio de Janeiro (Brasil); com o mesmo objetivo, deslocou-se a Espanha, França e Bélgica.
É portadora da medalha de Mérito Cultural, grau prata, atribuída pelo Município de Esposende.

MusiCórdia – Temporada de Música

A MusiCórdia é um evento cultural que pretende dinamizar Esposende e a região, mediante a realização de uma temporada de concertos na Igreja da Misericórdia, edifício do século XVI classificado como Imóvel de Interesse Público.
O programa é eclético, percorrendo a história da música desde a Renascença até aos nossos dias, escrita para diversos contextos. Para tal, conta com um leque diversificado de músicos e agrupamentos, desde os que se enquadram em processo de formação até a profissionais de reconhecido mérito artístico.
A temporada de música proposta surge da sinergia entre a Santa Casa da Misericórdia de Esposende, a Escola de Música de Esposende e a Câmara Municipal de Esposende. As três entidades expressam a vontade maior de tornar a MusiCórdia num evento bem implementado no seio da comunidade, durável, pois verdadeiramente apreciado.
A MusiCórdia pauta-se pela qualidade artística, pela diversidade e sobriedade da programação. A missão presente e futura é corresponder cada vez mais à expectativa cultural crescente do meio e, simultaneamente, elevar essa expectativa.
Partindo do seu posicionamento, a MusiCórdia pretende demonstrar-se enquanto evento cultural apelativo, dinâmico, moderno e criativo, dando respostas aos desafios contemporâneos e às aspirações dos cidadãos.
A filosofia da temporada de música é captar a atenção e o interesse do seu público-alvo logo na primeira visita.

Orquestra da Costa Atlântica

A Orquestra da Costa Atlântica - associação de música e cultura é uma associação cultural sem fins lucrativos, concretizada no âmbito de uma iniciativa privada, estruturada em torno do desenvolvimento sustentado da sua atividade cultural e da sua relação com a sociedade e os cidadãos. A associação, fundada em 2015 por Ana Carolina Capitão e Luis Miguel Clemente, adota como elemento essencial da sua atividade o conceito de plataforma que cria, promove e articula oportunidades de qualificação e desenvolvimento artístico, cultural, educativo e de coesão social através da música.
A Orquestra da Costa Atlântica - associação de música e cultura funciona como catalisador de cooperação, articulação e diálogo entre a música e cultura com a economia criativa, numa relação sustentada com a natureza, o património e a concertação institucional, mobilizando diversas entidades públicas e privadas através de parcerias e patrocínios estratégicos que dão suporte aos projetos desenvolvidos. A Orquestra da Costa Atlântica - associação de música e cultura é assim uma plataforma que adota a qualidade, a inovação e a criatividade como fatores diferenciadores dos seus projetos e atividades nacionais e internacionais.
A Orquestra da Costa Atlântica - Associação de Música e Cultura propõe-se, em 2019, implementar uma estratégia partilhada, regular e sustentada, de promoção da música erudita no concelho e junto da sua comunidade.

NICE

O NICE (Núcleo de Intervenção Cultural de Esposende) foi criado em 2012 por um grupo de jovens que ambicionavam promover e dinamizar culturalmente a cidade de Esposende. As vontades e as premissas encontram um “manifesto” mais coeso com a realização do NOITIBÓ. Um evento cultural que reuniu vários artistas – incluindo artistas locais – e que abraçou múltiplas formas de expressão artísticas: música, ilustração, fotografia, design, etc.
Na sua génese, o NICE procura exatamente isso, um núcleo aberto a todos e a todas, um lugar onde a população da cidade possa encontrar espaço para desenvolver os seus projetos, um organismo capaz de estabelecer uma programação diversa e coerente que de forma regular dinamize o nosso município.
Os longo dos cinco anos de existência o NICE tem vindo a reforçar o seu peso e importância entre os pares. Num crescente número de seguidores o núcleo, apesar da sua modesta dimensão, tem hoje um lugar respeitável nas linhas de programação cultural da sua região.